sábado, 14 de março de 2009

Não sabia como começar a te escrever isso, nem se deveria escrever para você. A verdade é que com certeza não sei de muitas coisas.
Carinho foi sempre a forma que encontrei de expressar o que sinto por você.
Também posso dizer que me senti culpado em muitas coisas em relação ao que tivemos. E eu gostaria de sentir na época, mais do que carinho .
A questão é que hoje eu ainda fico triste, não por mim, mas por você.
Fico imaginando se tem raiva de mim, se já chegou há ter algum dia. Se ainda tem mágoa por eu ter jogado a toalha. Por ter, sem querer, te comparado a todos meus amigos mais velhos, e eles a você. É claro que você tem mágoa e raiva, é claro. Mas você já não mostra isso pra mim faz algum tempo, tanto porque faz tempo também que não nos vemos. Por um lado é bom, assim eu não corro o risco de te irritar com minhas desculpas e falta de tempo.
Eu lembro que sempre que nos víamos (e isso era quase todos os dias) eu só queria colocar tudo para fora e desabafar com alguém, e você com toda paciência me ouvia. Sempre reclamando, e sendo ouvido por alguém, e quando eu deixava que você desse sua opinião, ia embora pensando como eu tinha coragem de falar sobre religião, respeito, problemas e dificuldades com tão pouca experiência. Você sem precisar me mandar ficar quieto, foi uma das poucas pessoas que conseguiram calar minha boca. E é claro que sou grato as poucas coisas que tentou me ensinar... Mesmo sendo um tão diferente do outro você era sempre o meu modelo de “conversa perfeita”. Eu me julgava realista, e te julgava fora da realidade. Agora acho que eu só estou fora da sua realidade, assim como você da minha. Mas podemos dizer que de certa forma, algum dia moldamos a realidade um do outro. Espero ter ensinado algo também.

2 comentários:

Inez disse...

Gostei bastante do texto. Você escreve muito bem.
Parabéns!

Pedro Dias disse...

Realmente, um texto muito bom. Vej sinceridade nisso. ^^