domingo, 4 de abril de 2010

De novo nós dois

Como eu posso explicar?
É tão estranho "ter" alguém desse jeito. Talvez seja um ter no sentido de saber que somos ligados de alguma maneira. Como eu disse no último texto, é engraçado como temos nossos pontos de partida nos relacionamentos (amizade, namoro, família, etc). Como pode parecer tudo tão igual depois de tanto tempo, e ao mesmo tempo saber que estamos tão diferentes? Estou tão diferente, ja mudei tanto... E de repente nós quatro nos vemos mais uma vez e... Me sinto muito mais novo, muito menos experiênte e... Feliz. É como se você em específico trouxesse uma sensação de nostalgia que me leva para aqueles fins de tarde, quando conversávamos tanto sobre tudo. O que eu sinto por você é um carinho enorme, e uma gratidão por me levar as vezes pro passado e pensar "tudo vai ficar bem". Eu era tão egoísta, eu sou tão egoísta. Você sempre teve mais força e mais maturidade, no ponto correto. Adoro essa palavra... "Correto". Talvez seja porque eu ainda acho que posso pegá-la e colocar todo o significado que ela tráz na minha cabeça. Conversamos de novo, nós dois de novo. Ainda temos muita coisa pra viver e seria tão bom que vocês três em específico me acompanhassem e deixassem eu acompanhar vocês nisso tudo. Depois de rir muito, falar demais, partilhar as vezes mais que o suficiente, deitamos. E eu te perguntei enquanto dormiam ao lado; "O que nós dois somos?" e você respondeu exatamente assim, de um jeito que eu sei que nunca mais vou esquecer: "Somos jovens Rafa. Somos jovens".
Nós todos, de certa forma sempre voltamos a um ponto da nossa vida que nunca é o mesmo, mas é tão familiar. Três amigos vieram aqui em casa hoje. Foi ótimo. Fizemos o mesmo de sempre, conversar a madrugada inteira, comer bobeira, tentar ver filme. O que mais gostamos de fazer, ficar juntos. Não sei em que ponto da conversa começamos a falar do meu blog, e eu disse “eu não escrevo no blog ultimamente porque as pessoas no geral falam que gostam dele, que escrevo bem, mas que elas tem vontade de chorar quando lêem...” Mas eu não quero que tenham essa impressão. Porque sim, escrevo quando estou triste, quando quero e preciso falar com alguém sobre algo e não sei para quem falar exatamente, ou acho que não é justo ficar enchendo o saco de ninguém com os meus dramas. E então ele está ali, olhando pra mim... Meu blog! Que tanto me escuta e não fala nada (quem cala consente). Por isso ele é triste, porque quando estou feliz, dificilmente tenho tempo para ele. Eu sou no geral alguém feliz. Meu blog não é necessariamente um reflexo do meu estado de espírito. Quem convive comigo, sabe que sou um palhaço, brinco o tempo todo, posso ser mimado, manhoso, chorão, birrento hahaha... Mas sou até que aparentemente feliz, não quero que as pessoas tenham uma imagem errada, não sou tão “candidato a suicídio” assim.